Análise da Autoeficácia e Perfeccionismo em árbitros de Natação do Brasil
Por Guilherme Moraes Balbim (Autor), Regina Alves Thon (Autor), Renato Melo Ferreira (Autor), Lenamar Fiorese (Autor).
Em Caderno de Educação Física e Esporte v. 13, n 1, 2015. Da página 39 a 49
Resumo
O estudo teve como objetivo analisar os níveis de perfeccionismo e autoeficácia árbitros brasileiros de natação. A amostra foi composta por 150 árbitros, 72 do sexo masculino e 78 do sexo feminino, com tempo mínimo de experiência de um ano no quadro oficial de suas federações, sendo 34 de nível estadual, 66 nacional e 50 internacional. Como instrumentos foram utilizados: ficha de identificação, Escala de Autoeficácia Geral Percebida (EAEGP) e Escala Multidimensional de Perfeccionismo. Os dados foram coletados durante competições do calendário oficial da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos nos anos de 2011 e 2012. Na análise estatística utilizou-se os testes de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskall-Wallis, Friedman e coeficiente de correlação de Spearman, com p<0,05. Observou-se que a característica de organização obteve o maior escore entre as características de perfeccionismo, as árbitras demonstraram mais preocupação com os erros, dúvidas na ação e maior perfeccionismo negativo quando comparadas aos árbitros, além disso, os árbitros de nível estadual evidenciaram maiores níveis de expectativas parentais, realização pessoal e perfeccionismo positivo do que de nível nacional. Conclui-se que árbitros de natação demonstraram altos níveis de autoeficácia e organização; árbitras têm maiores escores em preocupações com os erros, dúvidas na ação e perfeccionismo negativo; não existe correlação entre perfeccionismo e autoeficácia em árbitros de natação do Brasil.