Resumo

Introdução

No século 20, a escalada passou a ganhar muitos adeptos brasileiros e, recentemente, foi incluída como esporte olímpico nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Com o aumento no número de praticantes que buscam superações pessoais e/ou competitivas, tem-se aumentado também o número de lesões.

Objetivo

Verificar a prevalência de lesões em escaladores brasileiros, bem como sua associação com as características sociodemográficas e desempenho esportivo.

Métodos

Estudo observacional descritivo-analítico do tipo transversal, com aplicação de questionário virtual para 266 escaladores brasileiros, realizado de março de 2018 a maio de 2018. Posteriormente, foi realizada a análise estatística.

Resultados

A prevalência de lesões nos escaladores brasileiros foi de 71,8%. Dentre as principais características das lesões, destacaram-se as musculotendinosas (50,8%), a modalidade escalada esportiva (22,0%), o membro superior (50,3%) e o mecanismo de movimento brusco (20,4%). O tratamento mais procurado foi o médico associado ao fisioterapêutico (34,5%), e o tempo de afastamento em geral foi de mais de 30 dias (50,3%). Verificou-se associação significativa (p < 0,05) das lesões com idade, sexo, região do país, índice de massa corporal, nível de escolaridade e prática de outros esportes, bem como categoria atleta e recreativo, tempo de escalada, certificado de curso básico, realização de aquecimento, frequência mensal da escalada em rocha e semanal da escalada indoor, e dos graus de dificuldade escalados.

Conclusão

Com o aumento da popularidade do esporte e a alta prevalência de escaladores com histórico de lesões, faz-se necessário o acompanhamento multiprofissional, em busca de programas de redução de riscos e maior conscientização dos escaladores quanto aos fatores associados a essas lesões. Nível de Evidência III; Estudo de pacientes não consecutivos; sem padrão de referência “ouro” aplicado uniformemente.

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