Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a produção científica brasileira sobre o Atletismo entre 1999 e 2013. Foram identificados 162 artigos, e selecionados 55 estudos que abordaram o Atletismo como temática principal do estudo. Destes, 43 artigos (78,2%) foram relacionados com a Biodinâmica do Movimento Humano e 12 (21,8%) com a Pedagogia do Movimento. Analisando os estudos selecionados (caraterização a posteriori das análises), 30,9% (17) correspondiam à pesquisas na área de fisiologia do exercício, 20% (11) a lesões no esporte, 10% (6) sobre biomecânica, 7,3% (4) a psicologia do esporte e 7,3% (4) a nutrição esportiva. As áreas com menos pesquisas foram o treinamento esportivo, a iniciação esportiva e a história/sociologia do esporte com 5,5% (3) cada uma. A pedagogia do esporte e do doping, ficaram com a menor proporção de estudos, sendo 3,6% (2) cada uma. Seis estudos não apresentavam uma única modalidade como foco central na investigação, outros 15 enfocaram corridas de fundo e meio-fundo, 8 em corridas de rua e maratonas, 7 em corridas de velocidade, 6 em atletismo paralímpico e, com menor percentual, as provas de salto horizontal, arremessos e lançamentos e o atletismo escolar que tiveram 1 estudo cada. Conclui-se que é importante considerar os critérios de avaliação dos cursos de Pós-Graduação adotados pela CAPES, pois no modo atual o sistema parece limitar a investigação na área da Pedagogia do Movimento. Necessita-se também qualificar a pesquisa sobre o Atletismo no Brasil e desenvolver pesquisas com melhor aporte metodológico (estudos longitudinais, de intervenção, de validação de métodos, de revisão de literatura e qualitativos) bem como melhorar a amostragem e diversificar as investigações em diferentes provas do Atletismo.

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