Resumo

Este estudo objetivou investigar as affordances do ambiente domiciliar de crianças pré-escolares de 36 a 42 meses de idade em função da renda familiar. Participaram do estudo 83 pré-escolares regularmente matriculados em quatro Centros Municipais de Educação Infantil do município de Maringá/PR. Para verificar a affordances do ambiente familiar, a renda familiar e a escolaridade dos pais, foi utilizado o questionário Affordances in the Home Environment for Motor Development (AHEMD-SR). Para análise dos dados, foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, o Kruskal-Wallise U de Mann-Whitney, adontando-se valor p<0,05. Os resultados evidenciaram que crianças com baixa renda familiar apresentam maior estimulação motora (Md=3,5) quando comparadas com as crianças de média renda familiar (Md=2,5). Todavia, observou-se que as crianças pertencentes a famílias de alta renda possuem mais affordances para o desenvolvimento da motricidade fina quando comparadas às crianças de baixa renda (p=0,005). Já na dimensão de motricidade grossa, verificou-se que crianças de média renda familiar apresentaram ambiente mais favorável para o desenvolvimento de tal habilidade em detrimento às crianças de baixa renda (p=0,005). Concluiu-se que a renda familiar pode ser um elemento interveniente para as affordances relacionadas ao desenvolvimento das habilidades motoras grossas e finas, sendo que crianças pertencentes a famílias de melhor poder aquisitivo possuem maiores oportunidades de desenvolvimento. Por outro lado, crianças de baixa renda possuem mais affordances relacionadas à estimulação motora.

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