Análise do bolsa atleta para a modalidade de jogo de damas

O Jogo de Damas é um jogo de tabuleiro e Esporte Intelectivo (Tubino, Tubino, & Garrido, 2007) praticado entre duas pessoas para capturar ou imobilizar as peças do adversário. A Damas de 100 casas foi oficializada pela Fédération Mondiale Du Jeu de Dames (FMJD) e a de 64 casas pela International Draughts Federation (IDF) (FMJD, 2024; IDF, 2024). Conforme o Ranking Nacional, há 4796 praticantes da modalidade, incluindo homens (91%) e mulheres (9%) (CBD, 2021). Sabe-se que há um número maior de praticantes, que não participam de competições e não constam no ranking. A Confederação Brasileira de Damas (CBD), criada em 1967, administra as Damas no país. O suporte financeiro disponibilizado para os atletas foi por meio do Programa Bolsa Atleta (BA), programa federal implantado em 2005, visando contribuir com o desenvolvimento dos atletas que se destacam a nível nacional e internacional, contemplando as categorias atleta de base, estudantil, nacional, internacional e olímpico/paralímpico (Brasil, 2004). A produção acadêmica sobre o BA é predominantemente exploratória e descritiva, abordando os impactos e resultados obtidos pelo programa (Camargo, 2020). Alguns estudos abordam modalidades específicas, como a Natação (Ordonhes, Luz, & Cavichiolli, 2015), a Ginástica Artística Masculina (Vargas, Santos-Lise, Mezadri, & Capraro, 2022) e o Futebol Feminino (Alcântara, Amaral, Mazzei, & Galatti, 2023). Outros evidenciam as limitações pela falta de aprofundamento sobre seu impacto a longo prazo e levantam a hipótese da eficiência do programa para obter o sucesso esportivo (Amaral, Barreira, & Mazzei, 2023). Ao analisar os beneficiados pelo BA em 2022, Zamboni et al. (2023) concluíram que não há um nível de integração entre programas de formação do Governo Federal e o BA, que contemplou atletas de alto rendimento que não necessariamente passaram em programas de formação (Zamboni et al., 2023). Com relação à Damas, existe uma lacuna de produções em Educação Física, Esporte e Gestão do Esporte (Oliveira & Bastos, 2024). Um dos trabalhos apontou que existem incentivos de programas federais para a Damas, mas não apresentou dados (Oliveira & Pinto, 2020).