Análise dos fatores determinantes na contratação de treinadores(as) pelos clubes brasileiros de futebol masculino
Por João Pedro Pellicer Ferreira (Autor), Leandro Carlos Mazzei (Autor), Cacilda Mendes dos Santos Amaral (Autor).
Resumo
A permanência de profissionais nas posições de liderança no esporte apresenta um intrigante paradoxo. Por um lado, os gestores do esporte necessitam de tempo para se adaptarem e se tornarem eficazes em suas funções, dominando a digitalização e adquirindo conhecimento sobre suas novas organizações e ambientes (Bell; Brooks; Markham, 2013 Apud Aguilar, 1967; Rowe et al., 2005), sendo esse período de adaptação essencial para que suas decisões resultem em melhorias no desempenho organizacional (Desai; Lockett; Patton, 2018 Apud Finkelstein; Hambrick; Canela, 2009; Graffin; Boivie; Carpenter, 2013). Por outro lado, a pressão por sucesso imediato faz com que os gestores sejam constantemente pressionados e frequentemente forçados a demitir precocemente outros profissionais, tais como treinadores e outros integrantes de comissão técnica (Favaro; Karlsson; Neilson, 2010; Wiersema, 2002). Para resolver esse paradoxo, é necessário que exploremos teorias que buscam reduzir essas assimetrias de informação. No contexto específico do futebol, onde acertar na escolha do gestor da equipe se torna crucial dentro do cenário competitivo, os investimentos são feitos na crença em um projeto, tornando o acerto uma peça fundamental para reduzir os custos. A correta escolha do líder pode trazer estabilidade e sucesso ao clube, reduzindo a necessidade de mudanças frequentes e os custos associados a demissões e contratações errôneas. Objetivo: O objetivo deste estudo é investigar os fatores que influenciam a permanência e a demissão de treinadores(as), com foco especial no contexto do futebol profissional masculino.