Resumo

Introdução: A graduação em educação física de fato faz diferença na formação de uma professora de Karatê? Considerando-se que essa modalidade não demanda uma graduação acadêmica para a atuação como professor, mas sim de uma formação dentro da modalidade (ser faixa preta), o presente relato de experiência versará sobre possíveis influências da graduação sobre a atuação como professora de Karatê na escola, para crianças. Objetivo: Relatar o que mudou em minhas aulas de Karatê após o ingresso no curso de educação física e saúde (USP). Desenvolvimento: Pratico Karatê estilo Shotokan desde 2002. Iniciei com sete anos de idade, em uma academia em Mogi Guaçu e treinei por 10 anos chegando até a faixa marrom. Após uma pausa devido a uma lesão, voltei a praticar em 2015, em São Paulo , mesmo ano em que conquisto minha graduação como faixa preta. Em 2016, iniciei minha prática pedagógica com a modalidade em escolas, acompanhando o meu sensei e, posteriormente, de forma autônoma. A partir do ingresso na graduação no ano de 2019, é possível notar que tal evento influenciou no que diz respeito aos aspectos pedagógicos: modifiquei a estruturação e aplicação das aulas.Antes da graduação realizava as aulas de forma mais tecnicista, atualmente busco trabalhar o aspecto lúdico e desenvolver as capacidades gerais que serão transferidas para a modalidade. Parto do método global e conforme os alunos vão avançando as atividades se tornam mais específicas, voltadas para as técnicas do karatê. Priorizo o aspecto lúdico, pois ministro aulas até os 10 anos,idade que ainda não é aconselhável a especialização para competições. Sugestão: Quem está inserido no mundo das artes marciais, lutas e modalidades de combate, buscar conhecimento sobre pedagogia do esporte aplicadas às lutas, para não iniciar o processo de especialização precoce em crianças, respeitando, abordando melhor as atividades de cada fase.

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