Resumo

Introdução: A aptidão física é um componente biológico que permite realizar atividades físicas com a energia necessária, sem excesso de esforço. Com as alterações nos hábitos de vida populacionais, tem ocorrido um crescente desinteresse pelas atividades físicas do qual advém uma diminuição no desempenho físico em todas as idades, iniciando já na infância, devendo ser observado o comportamento da aptidão física tanto para o desempenho motor como nas questões relacionadas à saúde. Objetivo: Avaliar a aptidão física relacionada à saúde de escolares da rede pública de ensino. Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, no qual a amostra foi constituída por 155 escolares, sendo 80 do sexo feminino e 75 do sexo masculino, entre nove e doze anos, selecionados intencionalmente numa escola pública de ensino na cidade de Palmas, Paraná. A coleta de dados é uma ação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Educação Física do Instituto Federal do Paraná, Campus Palmas. Os instrumentos de coleta foram: aptidão cardiorrespiratória (teste de corrida/caminhada de 6 minutos); composição corporal (IMC); teste da função músculo-esquelético (flexibilidade sentar e alcançar) e força/ resistência muscular (sit up), de acordo com os protocolos estabelecidos pelo PROESP-BR (2016), o qual foi definido como instrumento permanente para observação dos indicadores de saúde e desempenho motor. A estatística descritiva de frequência e percentual foi utilizada para descrever os resultados, assumindo a classificação proposta entre “zona saudável” (ZS) ou “zona de risco” (ZR). Resultados: Observou-se percentuais preocupantes, já que apesar do maior percentual de alunos estarem classificados na ZS, os dados mostram que pelo menos um a cada quatro alunos se encontra na zona de risco, em cada uma das variáveis analisadas. Chama atenção a resistência abdominal, onde se percebe um alto percentual de crianças na ZR. Acredita-se que esse percentual elevado (ZR=36,12%) seja ocasionado pelas mudanças no estilo de vida, onde o comportamento sedentário tem se mostrado cada vez mais presente. Conclusão: Verificou-se um percentual maior de crianças na ZS, condição que deve ser estimulada em sua manutenção por programas como o PIBID e aulas de Educação Física Escolar. Destaca-se a necessidade de efetuar propostas que diminuam os índices de crianças na zona de risco, e uma maior análise, que permita caracterizar melhor a população escolar, como forma de auxiliar na proposição de ações positivas nesse contexto. 

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