Resumo

A existência individual oscila entre segurança e vulnerabilidade, risco e certezas, atalhos e caminhos traçados. Justamente por nada ser garantido é que o gosto pela vida acompanha a relação do homem com o mundo, com a natureza. O mar, na contemporaneidade, é atravessado de inúmeras formas. Na imaginação, ele sempre o foi; mas, agora, todos os meios servem. A lógica vigente enfatiza o desafio individual, de uma busca íntima de legitimidade, de notoriedade, de reconhecimento, instrumentalizando o mar como elemento do perigo a ser superado. A figura do marinheiro, então, é evocada e levanta inúmeras reflexões. Nesse contexto, as discussões apresentadas neste artigo apontam que se a sociedade fracassa ao dar ao indivíduo um sentimento que torna a vida digna de ser vivida, a natureza, aqui o mar, em um jogo simbólico com a morte, confere o acordo de uma verdade incontestável pela prova. A morte, simbolicamente vencida, permite continuar a viver sob a luz de uma nova legitimidade.

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