As Práticas Corporais Femininas em Clubes Paulistas do Início do Século XX
Por Milena Bushatsky Mathias (Autor), Katia Rubio (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 24, n 2, 2010. Da página 277 a -
Resumo
Na década de 20, o esporte ainda era visto como uma instituição masculina, o que invalidava a experiência atlética feminina, sendo apenas o atletismo, a dança clássica e o bola ao cesto, consideradas atividades saudáveis para o intitulado" sexo frágil". Uma vez excluídas dos estádios e instituições esportivas, assim como da própria vida pública determinada na época, a condição feminina foi limitada pela dedicação ao lar e à família.Em contrapartida, o Movimento Feminista lutava pelo direito à cidadania, à uma existência legal na vida pública e a própria Educação Física apontava através de seus discursos a mulher como fisicamente ativa, dentro de propósitos eugenistas e higienistas. O objetivo deste trabalho é discutir como se deu a participação da mulher nas práticas corporais em clubes na década de 20 na cidade de São Paulo.