Resumo

O objetivo do estudo foi discutir como os sujeitos, através das práticas corporais que emergiram do projeto pedagógico, burlam as diversas formas de poder, em suas fissuras, para daí interferir e, portanto, participar no/do processo de gestão escolar. O estudo que originou este artigo teve como premissa a reflexão sobre a possibilidade de uma gestão escolar baseada nas práticas pedagógicas que constituem o Projeto Viverde de Dança e teatro de uma escola da rede municipal de ensino, que atua com discentes dos anos finais do Ensino Fundamental. Os fundamentos teórico-epistemológico-metodológicos (OLIVEIRA, 2007; 2008) que nortearam as investigações, na tentativa de atingir o objetivo proposto tiveram como base os conceitos de táticas, modos de usar e fazer cotidianos e práticas ordinárias (CERTEAU, 1994), trazendo para o centro do debate as práticas culturais “produzidas” a partir das narrativas e episódios de ensino construídos no Projeto de Dança e Teatro e, anotadas em caderno de campo, entrevistas com alunos(as) e professore(a)s da escola, bem como da análise documental. O pensamento de Ginzburg (1989) e o paradigma indiciário permitiram encontrar entrelaçamentos importantes a partir da produção histórica do tempo/espaço estudado.

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