Resumo

Os estudos de intervenção são amplamente realizados no âmbito do desenvolvimento das capacidades táticotécnicas e, à primeira vista, causam ansiedade e tensão nos pesquisadores que aceitam o desafio de executálos. Demandam uma logística criteriosa tanto científica como operacional e, para serem publicados devem detalhar os critérios metodológicos e estarem alinhados no escopo e característica das revistas científicas. Portanto, pretende-se aqui abordar aspectos referentes às pesquisas quase e experimentais, visando ampliar a reflexão dos caminhos a seguir, assim como trazer resultados atualizados referentes a este tipo de trabalho. As limitações e vantagens são claras para os que a executam: ao mesmo tempo em que se perde em validade interna e externa, eleva-se em validade ecológica, portanto a máxima do "perder para ganhar" está explicita nesse jogo. Os frutos colhidos nesse desafio elevam a qualidade científica e técnica do pesquisador quando este se coloca como treinador/professor. As múltiplas formas de análise dos resultados também são parte do caminho a seguir. Decisões de como se pretende provocar a aprendizagem (desenhos experimentais menos tradicionais, mais profundos, com aplicação de menor quantidade de conteúdos) e como avaliar (produto ou processo) devem ser tomadas. Um colega da área do Comportamento Motor uma vez disse: "em sua área busca-se entender como se ensina e nós buscamos compreender como os sujeitos aprendem". Fiquei estupefata! Ora, não há como dissociar os dois construtos - a relação é direta e indissociável e o sistema é dinâmico. Nessa lógica, algumas das variáveis intervenientes como a experiência anterior, o feedback, a motivação e a percepção de competência podem transmutar para co-variáveis, a fim de precisar modelos e afetar significativamente os resultados das análises. Apresentam-se enfim, resultados dessa argumentação quanto a estudos: a) influência da motivação sobre ganhos tático-técnicos no badminton; b) tamanho de efeito da capacidade de jogo e habilidades motoras após um programa de Iniciação Esportiva Universal; c) complementação de conteúdos coordenativos aplicados ao modelo de Ensino do Jogo para a Compreensão no handebol; d) emersão da probabilidade de feedbacks após o acompanhamento de professores de natação no contexto do ensino.

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