Aspectos Psicológicos da Seleção Brasileira Júnior de Badminton
Por João Guilherme Cren Chiminazzo (Autor), M. B. P. Vidual (Autor), P. T. Fernandes (Autor).
Resumo
Avaliar o perfil psicológico de atletas pode, além de identificar as exigências do perfil para uma modalidade, orientar melhor os trabalhos de todos os membros da comissão técnica e otimizar o rendimento do atleta. Assim, este estudo teve o objetivo de identificar os aspectos psicológicos da seleção brasileira Junior de Badminton nas categorias masculina (M) e feminina (F). Participaram 7 atletas do sexo masculino com idade média de 16,8 anos (±0,9) e 7 do sexo feminino com idade média de16 anos (±1,4), os quais compuseram a seleção brasileira de badminton no XXIII Campeonato Panamericano da modalidade em 2014. Foram utilizados os instrumentos: Sport Competition Anxiety Test (SCAT), Escala de Autoestima de Rosenberg (EAE), Escala de Resiliência (ERES), Inventário de Motivação para Prática Desportiva, Trait Sport Confidence Inventory (TSCI), Profile of Mood States (POMS) e The World Health Organization Quality of Life (WHOQL-Bref). Os testes foram aplicados no período pré-competitivo, com as mesmas condições de aplicação. As análises estatísticas consistiram na obtenção das médias de cada dimensão mensurada. Com relação à ansiedade (SCAT), o resultado foi M=21±3,32 e F=22,71±2,81; autoestima M=10,43±5 e F=11,57±4,86; resiliência M=117,86±25,14 e F=127±10,8; autoconfiança M=82,14±8,47 e F=69,14±11,1. Quanto aos estados de humor, as médias de respostas mais altas foram: vigor (M=17,71±3,55 e F=15,71±1,70), seguido por tensão (M=13±4,58 e F=11,29±8,10) nos dois grupos (p=0,052). Em relação à motivação para a prática desportiva, ambos os grupos apresentaram como principal fator motivacional o rendimento desportivo - M=18,43±2,37 e F=18,00±2,58. Os atletas apresentaram bons níveis de resiliência, autoconfiança e autoestima, capacidades que são capazes de ajudá-los durante a competição, principalmente na superação das adversidades. Entretanto, apresentaram níveis não controlados de ansiedade, sugerindo-se então intervenções com o objetivo de diminuíla, pois níveis elevados podem prejudicar o desempenho dos atletas. Em relação ao estado de humor, os maiores resultados (vigor e tensão) retratam um estado de prontidão para a competição, o que é muito positivo. Em geral, os atletas apresentaram bons níveis das capacidades psicológicas que tendem a ajudar o indivíduo a agir nos momentos difíceis e proceder à escolha. Assim, a identificação dos aspectos psicológicos é importante para auxiliar o atleta no seu desenvolvimento integral, propiciando um rendimento máximo dentro do seu potencial.