Associação entre avaliação postural e autorrelato de lesão osteomioarticular em atletas adultos na modalidade de combate
Por Josenei Braga dos Santos (Autor), Maurício Dubard (Autor), Radamés Maciel Vitor Medeiro (Autor), Rosangela Petroni Rezende (Autor), Hugo Tourinho Filho (Autor), Aylton Figueira Júnior (Autor), Antônio Carlos Gomes (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 31, n 1, 2023.
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi identificar a associação entre a avaliação postural e o autorrelato de lesão osteomioarticular e quais regiões anatômicas são mais acometidas em atletas da modalidade de combate. Participaram da amostra 112 adultos do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 51 anos, que treinavam cinco vezes por semana, com duração entre 90 a 120 minutos. Foram coletadas informações sobre a postura corporal, utilizando-se o método Portland State University, que adota valores percentuais por região anatômica: cabeça e pescoço (RCP), coluna dorsal e lombar (RCDL), abdômen e quadril (RAQ) e membros inferiores (RMI); gerando o índice de correção postural (ICP), tendo como critério de classificação 80,0%, sendo analisada pela biofotogrametria digital e autorrelato de lesões osteomioarticulares. Os dados foram analisados pelos softwares GraphPad Prism 6.0 e SPSS Inc. 22, onde adotou-se o nível de significância de p < 0,05, comparando os grupos com ou sem lesão osteomioarticular, com o ICP, região anatômica e regressão logística como variáveis preditoras. Os resultados mostraram que entre o grupo com lesão osteomioarticular, houve significância estatística entre as seguintes regiões anatômicas: cabeça com RMI 80,0% (p 0,035), ombro com ICP 76,0% (p 0,005), RCP 76,0% (p 0,004) e RAQ 86,7% (p 0,013) e a coluna vertebral com ICP 76,0% (p 0,044) e RCDL 76,0% (p 0,012). Conclui-se que houve associação significativa entre avaliação postural e autorrelato de lesão osteomioarticular, onde a região de membros superiores (cabeça, ombro e coluna vertebral), foram as regiões anatômicas mais acometidas.