Associação Entre o Nível de Atividade Física e Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Idosos
Por Daniel Vicentini de Oliveira (Autor), Camila Mariani Pereira (Autor), José Roberto Andrade do Nascimento Junior (Autor), Priscila Almeida Inhoti (Autor), Mateus Dias Antunes (Autor), Paolo Marcello da Cunha (Autor), Lenamar Fiorese (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 25, n 268, 2020.
Resumo
O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e sua possível associação com o nível de atividade física e comportamento sedentário de idosos usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Trata-se de um estudo epidemiológico analítico, observacional, correlacional e transversal, realizado com 654 idosos de ambos os sexos, usuários de UBS do município de Maringá, Paraná, Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos e de saúde. O nível de atividade física e o comportamento sedentário foi avaliado por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão curta. Para a análise dos dados foi utilizado a estatística descritiva e inferencial, por meio dos testes Kolmogorov-Smirnov, Krustal-Wallis e Qui Quadrado, considerando um nível de significância de p<0,05. A hipertensão arterial sistêmica é a DCNT mais prevalente nos idosos (57,9%). Os idosos das UBS com três ou mais morbidades associadas realizam menos dias de atividades moderadas por semana quando comparados com os idosos com nenhuma ou com um ou duas. Conclusão: Baixos níveis de atividade física estão associados à algumas DCNTs (doença do coração, AVC e doença pulmonar) em idosos das UBS.
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