Resumo

O século XIX marca um período de grandes ondas migratórias europeias em direção ao continente americano, sendo o Brasil um de seus destinos. Entre as diferentes nacionalidades que aqui desembarcaram, os alemães constituem um dos grupos que expressou de maneira bastante acentuada, uma obstinação em preservar sua cultura, criando para tal diferentes associações. Entre os elementos que buscavam preservar, como língua, tradições, maneiras de se alimentar e de se divertir, de cuidar da saúde e de preservar a vida, encontrava-se a ginástica, uma prática que deriva tanto das teorias pedagógicas e médicas do final do século XVIII quanto do movimento nacionalista alemão do início do século XIX. Sua expressão mais estruturada, o Turnen, foi utilizada para regenerar a população e promover a disciplina necessária para o trabalho diário e a defesa da pátria. Esta pesquisa busca compreender e analisar a ginástica alemã como forma específica de educação do corpo, elemento cultural a ser preservado e círculo de convivência deste grupo de imigrantes nas diversas associações fundadas para tal prática nas regiões sul e sudeste do país. A delimitação temporal desta pesquisa estende-se de 1858 (quando fundaram a primeira sociedade ginástica no país) até 1938 (quanto se iniciam as políticas de nacionalização do governo Vargas

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