Resumo
Embora a comprovação dos benefícios de um estilo de vida ativo, evidências recentes na literatura têm demonstrado que os níveis de inatividade física estão aumentando. A fim de combater os altos índices de sedentarismo, a atividade física começou a ser analisada em diferentes domínios. Entre os quatro diferentes domínios, a atividade física como forma de deslocamento tem se tornado objeto de estudo e de intervenções. Apesar disso, dados que representem populações são raros, tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. O objetivo deste estudo é descrever a prevalência de atividade física insuficiente no contexto dos deslocamentos e alguns fatores associados em adultos e idosos, em uma amostra representativa do Brasil. O presente estudo é caracterizado como um inquérito epidemiológico transversal de base populacional, com amostra brasileira de adultos e idosos moradores da zona urbana dos municípios de pequeno, médio e grande porte populacional. A amostragem foi realizada em múltiplos estágios, estratificados de acordo o porte da população. A abordagem foi feita de forma independente para adultos e idosos. Considerando os diferentes portes, foram sorteados aleatoriamente os cem municípios. Após a identificação dos mesmos, os setores censitários foram definidos através de sorteio. Os domicílios foram selecionados em cada setor através de um início aleatório e um pulo sistemático. Todos os indivíduos que preenchiam o critério de inclusão foram convidados a participar da pesquisa. Foram coletadas informações socioeconômicas, demográficas e relacionadas à saúde. Para a operacionalização do desfecho específico deste estudo foi utilizada a versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ).