Atividade Física em Gestantes e Desfechos Perinatais Adversos Ao Nascimento
Por Adriana Sousa Rêgo (Autor), Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves (Autor), Rosângela Fernandes Lucena Batista (Autor), Cecília Cláudia Costa Ribeiro (Autor), Heloísa Bettiol (Autor), Viviane Cunha Cardoso (Autor), Marco Antônio Barbieri (Autor), Flávia Helen Furtado Loureiro (Autor), Antonio Augusto Moura da Silva (Autor).
Resumo
Investigou-se a associação entre atividade física durante o segundo trimestre gestacional e os desfechos perinatais adversos: baixo peso ao nascer (BPN), nascimento pré-termo (NPT) e restrição de crescimento intrauterino (RCIU). Foi utilizada amostra da coorte BRISA, São Luís, Maranhão, Brasil, que incluiu mulheres com gravidez única, idade gestacional de 22 a 25 semanas confirmada por ultrassonografia obstétrica realizada com < 20 semanas, reentrevistadas nas primeiras 24 horas após o parto (n = 1.380). O nível de atividade física foi medido pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, e categorizado em alto, moderado e baixo. Gráfico acíclico direcionado (DAG) foi utilizado para identificar ajuste mínimo para o controle de confundimento. Nível alto de atividade física não foi associado ao BPN (RR = 0.94; IC95%: 0,54-1,63), NPT (RR = 0,86; IC95%: 0,48-1,54) ou RCIU (RR = 0,80; IC95%: 0,55-1,15). Os resultados fortalecem a hipótese de que a prática de atividade física na gestação não parece resultar em desfechos adversos ao nascimento.