Atividade física habitual é inversamente relacionada aos transtornos de humor em jovens adultos saudáveis: um estudo transversal
Por Claudio Andre Barbosa de Lira (Autor), Marilia Santos Andrade (Autor), Rodrigo Luiz Vancini (Autor), Thaissa Flavianny Franco da Costa (Autor), Douglas de Assis Teles Santos (Autor), Ricardo Borges Viana (Autor).
Resumo
Objetivos: Avaliar os níveis de atividade física habitual e sua relação com os transtornos de humor (sintomas de ansiedade e depressão) em jovens adultos saudáveis e avaliar as diferenças entre homens e mulheres para essas variáveis. Métodos: Um total de 297 participantes (144 mulheres) responderam os seguintes questionários: Baecke questionnaire, para avaliar o nível de atividade física habitual; State–Trait Anxiety Inventory, para avaliar os sintomas de ansiedade; e Beck Depression Inventory, para avaliar os sintomas depressivos. Resultados: Foi encontrada uma correlação negativa significante entre o nível habitual de atividade física e os sintomas depressivos (rho = -0,132 “pequeno efeito”, p = 0,023), níveis de ansiedade traço (rho = -0,205 “pequeno efeito”, p < 0,001) e níveis de ansiedade estado (r = -0,216 “pequeno efeito”, p < 0,001) dos participantes. Contudo, não foi encontrada diferença significante (p > 0,05) entre as correlações dos homens e mulheres para todas as variáveis investigadas. Os homens apresentaram um maior nível absoluto (p < 0,001, d = 0,549 “efeito médio”) e médio (p < 0,001, d = 0,515 “efeito médio”) de atividade física habitual, um menor nível de ansiedade traço (p < 0,001, rB = -0,342 “efeito médio”) e estado (p < 0,001, d = -0,483 “pequeno efeito”) e menores sintomas depressivos (p = 0,007, rB = -0,181 “pequeno efeito”) do que as mulheres. Conclusão: A atividade física habitual caracterizada por um padrão não estruturado parece estar inversamente relacionada aos transtornos de humor.