Resumo

O estudo objetivou investigar a associação dos domínios da atividade física e dos tipos de atividade física praticadas no lazer com a ocorrência de estresse em trabalhadores. Trata-se de uma pesquisa transversal, realizada de 2006 a 2008, com uma amostra representativa de industriários (n = 47.477; 69% do sexo masculino). Os dados foram coletados via questionário. Na análise estatística, empregou-se a Regressão de Poisson com ajuste para variância robusta, no programa Stata 13.0. As mulheres fisicamente ativas (19,9%; IC95%: 19,0–20,7) no lazer apresentaram menor ocorrência de estresse do que aquelas fisicamente inativas (14,2%;IC95%: 13,3−15,2). Entre os homens, aqueles fisicamente ativos no domicílio (11,6; IC95%: 11,1−12,0 vs. 12,9%; IC95%: 12,4−13,5), no lazer (10,2%; IC95%: 9,8−10,6 vs. 15,1%; IC95%: 14,4−15,7) e no trabalho (11,7%; IC95%: 11,3−12,1 vs. 13,3%; IC95%:12,6−14,0) apresentaram menores ocorrências de estresse daqueles fisicamente inativos. Houve uma tendência de redução do estresse em ambos os sexos conforme o incremento de domínios com a prática de atividade física. Os tipos de atividade física no lazer associados às menores ocorrências de estresse, nas mulheres, foram os esportes (11,1%), a ginástica/musculação (13,2%) e a dança (14,5%) e, nos homens, foram a corrida (9,0%), os esportes (9,7%) e a caminhada (10,1%). Conclui-se que a atividade física no domínio do lazer, tanto em mulheres quanto em homens trabalhadores, assim como as práticas de esportes, entre as mulheres, e corrida, entre os homens, mostraram-se associadas às menores ocorrências de estresse.
 

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