Atividades de aventura e pró-atividade no lazer
Resumo
A gama de variáveis que permeia o processo pelo qual as pessoas são estimuladas a terem condutas passivas ou ativas e a optarem por aderir ou não a determinadas atividades do contexto do lazer tem como foco os motivos de ordem psicológica, ambiental, social e genética. Entretanto, o filtro principal recai sobre a motivação, a consciência das oportunidades, o tempo disponível e o custo, fatores decisivos no delineamento dos atuais padrões de estilos vigentes. Uma das formas em evidência entre as vivência do lazer contemporâneo é a busca ou a necessidade implícita do reencontro do ser humano consigo mesmo, com o outro e com a natureza, propiciado pelas atividades de aventura. Esse estudo, de natureza qualitativa, objetivou refletir sobre a potencialidade dos aspectos persuasivos da participação em atividades de aventura, na sistematização do comportamento pró-ativo no lazer e foi desenvolvido com base em revisão bibliográfica realizada nos últimos cinco anos em periódicos e livros nacionais sobre as temáticas em questão. Pode-se perceber que os textos pesquisados apontam diferentes perspectivas que estimulam o interesse na busca por vivências na natureza e reiteram um apelo para além da atividade em si, da contemplação, da fruição, ressaltando legendas subliminares, que envolvem, desde o colocar-se em risco controlado para testar a auto-superação, até a perpetuação de modismos, entre outros subtextos interditos. A aderência a estas atividades foi evidenciada sendo pautada especialmente na alteração do significado do tempo, nas necessidades de extravasamento e controle dos níveis de estresse, na procura por novidades, no acompanhamento de modismos, na vivência de novas emoções, no aprimoramento dos níveis de saúde, aspectos que surgem como apelos intuitivos, representando motivos desencadeadores de mudanças axiológicas, uma vez que tal busca supera a simples procura pelo lazer, fomentando, inclusive mudanças estruturais nos estilos de vida, na qualidade de vida, nas relações humanas e na própria concepção de corpo, cuja natureza emocional e sensível o detecta, inclusive, como possibilidade de ser um verdadeiro espaço ecológico.