Autopercepção da Qualidade de Vida em Lesionados Medulares: Uma Comparação Entre Praticantes e Não Praticantes de Paradesporto
Por Thomaz Talarico Neto (Autor), Lucas Argenton Fernandes (Autor), Claudia Teixeira-arroyo (Autor), Everton Luiz de Oliveira (Autor).
Em Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada - SOBAMA v. 20, n 1, 2019.
Resumo
A prática de atividade física regular é primordial para promoção de saúde, que por definição, envolve aspectos físicos, psicológicos, emocionais e sociais. Tais fatores influenciam na qualidade de vida, que nada mais é do que o grau de satisfação pessoal com a vida. Pessoas com deficiências físicas tendem a apresentar maiores índices de sedentarismo quando comparados à população geral, podendo influenciar negativamente na sua Auto Percepção de Qualidade de Vida (APQV). O estudo objetivou avaliar/comparar a APQV entre lesionados medulares praticantes e não praticantes de paradesporto. Participaram do estudo 20 pessoas com lesão medular (75% homens e 25% mulheres), divididos em dois grupos. Grupo 1 (n =10), praticantes de paradesporto, com uma média de idade de 41,1±13,9 anos e Grupo 2 (n =10), não praticantes de paradesporto, com média de idade de 37,9 ±12,8 anos. Como instrumento de coleta foram utilizados dois questionários, um para avaliar a qualidade de vida (Medical Outcotnes Study 36 - Item Short - (SF36)) e outro intuindo analisar o perfil sociodemográfico dos participantes (criado pelos autores). Os resultados demonstraram que, apenas para dimensão dos Aspectos Físicos da APQV ocorreu uma diferença estatisticamente significativa, onde o G1 apresentou um escore maior do que o G2. Com relação ao perfil laboral dos grupos, no G1, 80% são aposentados por invalidez, já no G2, esse número cai para 40%. Pode-se concluir que, os não praticantes de paradeporto desta pesquisa estão mais inseridos em atividades laborais, porém, o grupo engajado junto ao paradesporto usufrui de uma melhor APQV nos aspectos físicos.