Avaliação da qualidade de vida de estudantes universitárias com o instrumento SF-36 durante a pandemia de COVID-19
Por Aline Santana Bomfim (Autor), Isaac Costa Santos (Autor), Iane De Paiva Novais (Autor), Matheus França Ramos Dos Santos (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Estudos realizados durante a pandemia de COVID-19 apontaram que mulheres, jovens e estudantes são grupos altamente suscetíveis para desenvolver transtornos mentais relacionados ao coronavírus, o que acarreta em impactos à saúde e qualidade de vida (QV). Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de estudantes universitárias do sexo feminino através do questionário SF-36 durante o distanciamento social da COVID-19. Métodos: Estudo transversal descritivo, parte do projeto de pesquisa “Programa de exercício físico em casa” conduzido de forma remota. Participaram do estudo 75 estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) com idade de 25,3±6,5 anos. O questionário multidimensional SF-36 foi aplicado pelo Google Forms. O instrumento possui 8 domínios e os escores são expressos em uma escala de 0 a 100, em que quanto maior o resultado, melhor a avaliação da QV. Os dados são apresentados em média ± desvio padrão e valores máximos e mínimos. Resultados: A avaliação da QV das universitárias mostrou escores de 85,0±16,7 pontos na capacidade funcional (variação de 20 a 100); 72,3±37,6 pontos na limitação por aspectos físicos (variação de 0 a 100); 66,9±23,5 pontos na dor (variação de 10 a 100), 55,2±16,9 pontos no estado geral de saúde (variação de 20 a 95), 40,7±20,5 pontos na vitalidade (variação de 0 a 90), 54,8±29,4 pontos nos aspectos sociais (variação de 0 a 100), 32,0±38,5 pontos nos aspectos emocionais (variação de 0 a 100) e 52,7±20,3 pontos na saúde mental (variação de 8 a 96). Conclusão: A avaliação da qualidade de vida de universitárias durante o distanciamento social da COVID-19 por meio do questionário SF-36 mostrou escores maiores para os domínios capacidade funcional, limitação por aspectos físicos e dor, enquanto que a percepção de vitalidade e os aspectos emocionais mostraram escores mais baixos. Este estudo contribui para perceber quais aspectos da QV foram mais afetados nesta população no período da pandemia por COVID-19 e a partilha dos resultados constitui um passo importante na prática clínica de profissionais de saúde que trabalham com a promoção da saúde.