Baixa Aptidão Aeróbia em Adolescentes: Prevalência e Fatores Associados
Por Joni Márcio de Farias (Autor), Eduarda Valim Pereira (Autor), Matheus Silveira Pedroso (Autor), Gustavo de Carlos Felicio dos Santos Barbosa (Autor), Andressa Ferreira da Silva (Autor), Diego Augusto Santos Silva (Autor), Leandro Lima Borges (Autor).
Resumo
O objetivo do presente trabalho foi estimar a prevalência e fatores associados à baixa aptidão aeróbia em adolescentes. Foi efetuado um estudo transversal, realizado com 575 indivíduos, de 11-17 anos, de Criciúma, SC, Brasil. O teste de caminhada/corrida de 9 minutos foi usado para avaliar a aptidão aeróbia. Os dados sociodemográficos e hábitos diários foram coletados por meio de questionário. A avaliação antropométrica também foi realizada para cálculo de indicadores antropométricos de obesidade. Utilizou-se teste Qui-quadrado e regressão logística binária. A prevalência de baixa aptidão aeróbia nos meninos de 11-13 anos foi de 46,0% e nas meninas 40,5% (p>0,05) enquanto, em meninos de 14-17 anos foi de 59,6% e nas meninas 46,6% (p<0,05). Meninos de 11-13 (RC: 5,04; IC95%: 1,93 – 13,17) e 14-17 anos (RC:3,78; IC95%: 1,90 – 7,52), e meninas de 11-13 anos (RC: 3,62; IC95%: 1,24 – 10,52) de escolas particulares apresentaram maiores chances de apresentar baixa aptidão aeróbia comparados aos de escolas públicas. Meninas de 11-13 anos (RC: 2,40; IC95%: 1,04 – 5,54) com sono inadequado apresentaram maiores chances de baixa aptidão aeróbia em relação às com sono adequado. A alta prevalência de baixa aptidão aeróbia apresentou-se associada a escolas particulares e sono inadequado em ambos os sexos.