Barreiras e Facilitadores Para a Prática de Atividades Físicas em Crianças e Adolescentes com Transtorno do Espectro Autista de Uruguaiana - Rs
Por Walter Ricardo Dorneles Gonçalves (Autor), Susane Graup (Autor), Rodrigo de Souza Balk (Autor), Álvaro Luís ávila da Cunha (Autor), Phillip Vilanova Ilha (Autor).
Em Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada - SOBAMA v. 20, n 1, 2019.
Resumo
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) parecem ser mais propensas a fatores como sobrepeso e obesidade quando comparados com a população geral, pois estudos têm identificado prevalências superiores em crianças e adolescentes com o diagnóstico. Diante disso, o objetivo deste estudo foi analisar a participação de adolescentes com TEA do município de Uruguaiana/RS em práticas de atividade física e descrever as barreiras e os facilitadores que interferem ou contribuem para esta prática. Este estudo descritivo com abordagem quantitativa foi realizado com 20 responsáveis por crianças e adolescentes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista participantes das escolas públicas e entidades assistenciais de Uruguaiana/RS. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário como instrumento direcionado aos responsáveis. Trata-se de um questionário adaptado que permite identificar características comportamentais em relação à prática de atividades físicas, a adaptação do instrumento incide na mescla do mesmo com uma entrevista semi-estruturada sobre barreiras e facilitadores de atividades físicas. Os resultados encontrados mostraram primeiramente que a média do IMC total dos participantes (24,99) está acima dos pontos de corte da zona de risco à saúde, sendo que 30% dos sujeitos não praticam nenhum tipo de atividade física. As principais barreiras relatadas estavam correlacionadas e expressam mais um idéia de necessidade social do que barreiras pessoais. Salientamos através deste estudo que a situação atual da AF das crianças com TEA no município pode ser aprimorada, levando em consideração aquilo que os próprios responsáveis relatam e vêem no cotidiano de seus filhos.