Resumo

O artigo objetiva analisar as diferentes estratégias da imprensa brasileira para narrar a disputa entre Brasil e Hungria na Copa do Mundo da Suíça (1954). A análise dos textos publicados no O Globo e na Folha de S. Paulo revela a presença de uma discussão sobre o caráter nacional, a crença na superioridade das características “naturais” do futebol brasileiro em comparação com o “espírito de organização” dos europeus e a vitória húngara como resultado de um conluio europeu. Conclui que a imprensa elabora uma inversão da hierarquia entre natureza e cultura, estereotipando identificações em um contexto de relações de poder desequilibradas.

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