Resumo
O objetivo do estudo foi mensurar a contribuição dos sistemas energéticos e caracterizar o impacto fisiológico de sessões de treinamento com remoergômetro. Vinte sujeitos (7 remadores amadores e 13 universitários) remaram três sessões de treino equiparadas pela duração total (40 min): uma contínua (EC = 60% VO2max), uma intermitente com esforços curtos (RST = 9 x 30” [150% VO2max] / 4’ [40% VO2max]) e uma intermitente com esforços longos (IL = 8 x 2’ [80% VO2max] / 3’ [40% VO2max]. Coletaram-se VO2 antes, durante e após o esforço, concentração de lactato [Lac], creatina quinase ([CK]), frequência cardíaca (FC) e parâmetros da variabilidade da frequência cardíaca (VFC): LH/HF e RMSSD pré-, pós- e pós 24h do treino. Foi encontrada diferença entre grupos, com maior contribuição aeróbia no EC em comparação às sessões intermitentes (p<0,001). Para [Lac], o pós-treino do IL foi maior que o do EC (p=0,004). A VFC foi diferente entre momentos, com maior valor nos pós-treinos, em relação aos pré- e pós 24h (p<0,001). Já a [CK] seguiu comportamento linear com aumento significativa no pós-treino e no pós 24h (p<0,001). Conclui-se que as sessões de treinamento resultaram em contribuição similar dos sistemas energéticos, com predominância aeróbia expressiva e ligeiramente mais pronunciada no EC, em comparação a RST e IL. Portanto, o emprego de treinos contínuos e intermitentes é viável ao se considerar 24 horas de intervalo entre sessões, tempo suficiente para a recuperação dos remadores, independente do tempo de prática dos sujeitos e do tipo de estímulo aplicado.