Comparação da força de membros superiores de pilotos da esquadrilha da fumaça pré e pós voo – estudo piloto
Por Wilian De Jesus Santana (Autor), Gilberto Pivetta Pires (Autor), Fábio Angioluci Diniz Campos (Autor), Aylton Figueira Junior (Autor), Carlos Eduardo Rosa Da Silva (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Com intuito de contribuir nas ações de defesa, a Força Aérea Brasileira (FAB) possui aeronaves com alto grau desempenho afim de atender a demanda de vigilância nacional. Como em todas as ações de defesa aero navegadas, existe a interface homem-máquina, considerando que o avião A-29 Super Tucano é de última geração, o que minimiza a carga de trabalho do piloto. Entretanto, o Esquadrão de Demonstração Aéreo (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, faz voos que impõe acrobacias de alta complexidade. Durante a etapa de preparação dos cadetes, existe demanda importante dos membros superiores, pela relação da força isométrica necessária para pilotagem segura e eficiente. O membro superior direito é o segmento responsável pela movimentação do manche, enquanto que o segmento esquerdo opera o painel de controle da aeronave executando ações que impõem uma menor carga de trabalho aos pilotos. Contudo a força de preensão manual poderia ser utilizada como medida preditora da força dos membros superiores como índice da funcionalidade desse segmento corporal. OBJETIVO: Comparar a força de membros superiores de pilotos da esquadrilha da fumaça pré e pós voo. MÉTODOS: Foram avaliados 5 pilotos da FAB, (média de idade 32±4 anos; experiência superior a 1000 horas de voo); massa corporal (80±6 Kg) e estatura (1,76±0,01). Os pilotos realizaram dois voos (manutenção e demonstração) com duração de aproximadamente 60 minutos. Foram coletados dados quanto a força dos membros superiores a partir do teste com o dinamômetro manual (KRATOS®) (Kgf-quilograma/força) da mão esquerda e direta, antes e depois de cada voo. Na análise estatística, utilizamos o teste t pareado com critério de significância p<0,05. RESULTADOS: Os resultados do voo manutenção apresentaram aumento de 6,87% na força da mão direita, a mão esquerda apresentou aumento de 12,92% ambos sem diferença significante (p>0,05) nas condições pré-pós voo. A força de preensão manual no voo demonstração, apresentou aumento de 3,41% (p>0,05), com destaque para o aumento da força da mão esquerda (14,59%-p<0,05) entre as condições pré-pós. CONCLUSÃO: Os resultados apontaram aumento na força de ambos os membros após os dois tipos de voo, o que contrariaram as hipóteses iniciais. O aumento da força do segmento esquerdo poderia ser explicado pela menor demanda funcional durante o voo. Hipotetizamos que o aumento da força se deva a maior ativação (PPA) pós voo, em função da condição isométrica no controle do manche e manuseio da aeronave.