Resumo

Nos últimos anos, o treinamento aeróbio vem sendo empregado como forma de recuperação da marcha em pessoas pós-acidente vascular cerebral. O objetivo desta Tese foi avaliar os efeitos do treinamento aeróbio em piscina e em esteira rolante na marcha de indivíduos hemiparéticos crônicos. Participaram 12 pessoas, randomizadas por sorteio para Grupo Piscina e Grupo Esteira. Para as avaliações funcionais, os testes e escalas foram divididos de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde: Avaliação Fugl-Meyer; a Escala de equilíbrio de Berg, Escala de avaliação do controle postural para pacientes pós-acidente vascular cerebral, Timed Up and Go Test e o Questionário de qualidade de vida SF-36. Na avaliação biomecânica foram avaliados os parâmetros cinemáticos de amplitude de movimento, ângulo mínimo e máximo da articulação do joelho e tornozelo e parâmetros eletromiográficos (EMG) dos músculos tibial anterior, gastrocnêmio lateral, reto da coxa, vasto lateral, bíceps da coxa, semitendíneo. Foi realizada análise de variância para inferir o efeito do treinamento aeróbio em ambos os grupos. Para estudar o comportamento das variáveis eletromiográficas em função das avaliações funcionais foi realizada a análise de regressão linear múltipla. O treinamento aeróbio melhorou o comprometimento sensório-motor, equilíbrio, agilidade e qualidade de vida relacionada à saúde dos participantes de ambos os grupos, como alterações nos padrões eletromiográficos dos músculos na locomoção dos participantes de ambos os grupos. Não houve efeito do treinamento aeróbio para os parâmetros cinemáticos das articulações analisadas. Houve a fraca relação entre os parâmetros EMG e as variáveis funcionais. Os participantes foram beneficiados pela prática do treinamento aeróbio que propiciou a melhora da funcionalidade dos participantes, independente do meio o qual foi realizado

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