Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar os valores de  2máx determinados diretamente por um sistema de ergoespirometria com os valores preditos indiretamente pelo sistema ErgoPC durante um teste de esforço máximo realizado por mulheres corredoras. Participaram 20 mulheres corredoras treinadas (42,7 ± 6,4 anos; 1,64 ± 0,04m; 58,3 ± 5,8kg; IMC 21,7 ± 1,9kg/m2 e 22,3 ± 3,5%G). Os sujeitos foram submetidos à avaliação da composição corporal e a um teste de esforço progressivo em esteira ergométrica (Inbrasport, Porto Alegre, RS, Brasil) para mensuração da aptidão aeróbia ( 2máx). A velocidade inicial foi de 7km/h com incrementos de 1km/h a cada três minutos, sendo mantida uma inclinação constante durante todo o teste equivalente a 1%. As participantes foram fortemente estimuladas a permanecerem no teste o maior tempo possível, até a exaustão voluntária. Para a mensuração direta do  2máx, foi utilizado um sistema de ergoespirometria de circuito aberto (analisador de gases Espirômetro  2000 Inbrasport, Porto Alegre, Brasil). A predição indireta do  2máx foi realizada através do programa ErgoPC que utiliza a fórmula de Foster (1996) para tal predição. Para a análise estatística, foi realizado o teste t de Student (p < 0,05), para a comparação dos valores de  2máx obtidos de forma direta e indireta, e o teste de correlação de Pearson, para correlacionar essas duas variáveis. A medida direta do  2máxapresentou valor de 51,8 ± 6,8ml/kg/min, e o indireto, 42,8 ± 3,7ml/kg/min. Na comparação entre os dois resultados foi encontrada diferença estatisticamente significante entre as variáveis. A correlação encontrada entre os valores de  2máx foi de r = 0,67. Portanto, os resultados mostram que o  2máx obtido de forma indireta subestima o valor da medida direta.

Acessar Arquivo