Comparação do Percentual de Gordura Obtido Por Bioimpedância, Ultrassom e Dobras Cutâneas em Adultos Jovens
Por Eduardo Borba Neves (Autor), Wagner Luis Ripka (Autor), Leandra Ulbricht (Autor), Adriana Maria Wan Stadnik (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 19, n 5, 2013.
Resumo
OBJETIVO: Comparar o ultrassom (US) portátil e a bioimpedância elétrica (BIA) com as dobras cutâneas (DC) para estimar o percentual de gordura corporal em adultos.
MÉTODOS: Foram avaliadas 195 militares, sexo masculino, sendo coletados: peso, estatura, percentual de gordura por bioimpedância, dobras cutâneas e ultrassom (US) em nove pontos (tríceps, subescapular, bíceps, peitoral, médio axilar, abdominal, suprailíaca, coxa e panturrilha). Além da estatística descritiva, foram utilizados gráficos de dispersão, o teste Kolmogorov-Smirnov, coeficiente de correlação π (rho) de Spearman, o Wilcoxon Signed Ranks Test e a regressão linear para a elaboração de uma nova equação para a estimativa do percentual de gordura corporal em adultos jovens (do sexo masculino).
RESULTADOS: O grupo apresentou idade média de 23,07 ± 7,55 anos, para peso e estatura os valores da média e desvio padrão foram: 72,65 ± 10,40 kg; 1,74 ± 0,06 metros, respectivamente. Comparando os resultados entre US e DC, verificaram-se correlações significativas para todos os pontos avaliados, sendo a prega da coxa a com maior correlação, seguida pelo peitoral. Comparando-se os três métodos, o US apresentou melhor correlação com a BIA do que com as DC. Pode-se propor uma nova equação de estimativa do percentual de gordura por US, que apresentou uma melhor correlação com o método das DC do que aquela utilizada pelo próprio equipamento.
CONCLUSÃO: Foi possível verificar que na população estudada o US e a BIA podem estimar o percentual de gordura corporal com boas correlações com o método da DC.