Competências “práticas” de árbitros(as) brasileiros(as) de Ginástica Artística: um panorama diagnóstico

A arbitragem possui um papel muito importante no contexto esportivo e seu processo de formação deveria ser cada vez mais cuidado por diferentes instituições, podendo propiciar resultados mais precisos e justos, atletas (da iniciação ao alto rendimento) mais conscientes e motivados(as), árbitros(as) mais realizados com seu trabalho e uma maior valorização do esporte como um fenômeno sócio cultural e formador de valores. Assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar os níveis de compreensão e de aplicação de competências práticas dos(as) árbitros(as) de ginástica artística feminina (GAF) e masculina (GAM). Trata-se de um estudo abordagem descritiva, do tipo quantitativa – cujo qual utilizou de estatística descritiva para representar numericamente as respostas dos participantes, além da análise e discussão dos dados de acordo com o aporte teórico e com a visão dos autores sobre o assunto. Como ferramenta de pesquisa foi utilizado o questionário, aplicado para uma amostra de 58 árbitros(as) de GAF (28) e GAM (30). A partir da análise dos dados, por meio de estatística descritiva, identificou-se que os(as) árbitros(as) de ambas as modalidades compreendem e aplicam tais competências de formas semelhantes, com destaque para a autoconfiança e a capacidade de avaliar séries de diferentes níveis. A compreensão e aplicação das competências relacionadas ao componente artístico da modalidade feminina ainda é um item de dificuldade para os(as) árbitros(as) da GAF, enquanto competências relacionadas a comunicação eficiente e de percepção emocional são as de principais diferenças para os árbitros de GAM. Este estudo se mostra relevante para identificar as fragilidades e potencialidades do grupo de árbitros(as) brasileiros(as) em questão e, assim, melhor colaborar com o seu processo de formação para a atuação com a arbitragem em campeonatos nacionais e internacionais.

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