Resumo

Introdução: Atualmente, a técnica de automassagem vem apresentando importante crescente tanto na área da pesquisa quanto na aplicação prática, tendo o foam rolling (FR) como o principal implemento utilizado. O FR consiste na realização do movimento pelo próprio indivíduo, caracterizando assim como uma técnica ativa. Sendo assim, o FR aumenta a atividade simpática objetivando a manutenção dos processos fisiológicos. Objetivo: Analisar o comportamento da variabilidade da frequência cardíaca após teste de 10 repetições máximas (RM) no agachamento no smith (AS), leg press inclinado (LP), cadeira extensora (CE) e cadeira flexora (CF) membros inferiores em mulheres aparentemente saudáveis. Métodos: Oito mulheres fisicamente ativas foram selecionadas e realizaram teste e reteste para 10 repetições máximas com intervalo de 72 horas entre eles. O teste consistiu em até 3 tentativas para AS, LP, CE e CF, com intervalo de 3 minutos entre as tentativas e 10 minutos entre os exercícios. Para análise da variabilidade da frequência cardíaca foram utilizados apenas valores do primeiro dia de teste e analisadis os índices de SD1, SD2 e a razão SD1/SD2, mapeando-os em 5 momentos: 1) repouso, 2) após 15 minutos, 3) após 30 minutos, 4) após 45 minutos e 5) após 60 minutos. Para obtenção dos intervalos R-R da frequência cardíaca foi utilizado monitor cardíaco RS800cx (Polar®) e posteriormente analisado no software Kubios ® (V.2.0). A normalidade não foi rejeitada pelo teste de Shapiro-Wilk. Sendo assim, a ANOVA one-way foi utilizada para comparação entre as médias. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados no software SPSS (V.21) e Excell, adotando valor de P < 0,05. Resultados: A reprodutibilidade entres os testes foi calculada pelo coeficiente de correlação intraclasse e pode-se observar boa reprodutibilidade em todos os exercícios (AS = 0,972, LP = 0,948, CE = 0,982 e CF 0,959). Conforme indicado na tabela 1, foram encontradas diferenças significativas para SD1 (p < 0,001) em 15 minutos quando comparado com o repouso. Em contrapartida, não foram encontradas diferenças significativas nos índices SD2 e razão SD1/SD2 para nenhum momento comparado ao repouso (p > 0,05). Conclusão: Embora o comportamento autonômico não tenha sido avaliado, a tradicional hipótese do achatamento da atividade simpática em detrimento de uma maior atuação parassimpática na recuperação compensando um balanço simpato-vagal a favor dos ramos simpáticos durante o esforço pertinentemente amparam achados aqui descritos em relação às tendências de queda da PA.

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