Comportamentos de Risco Concorrentes à Saúde em Adolescentes do Nordeste Brasileiro: Monitoramento 2011-2016
Por Lucas Souza Santos (Autor), Davi Soares Santos Ribeiro (Autor), João Paulo da Silva (Autor), Aldemir Smith Menezes (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Estudos de monitoramento de hábitos comportamentais tornaram prioridades na saúde pública, haja vista, verificar a possibilidade de proteção para o desenvolvimento de doenças não transmissíveis. Objetivo: Verificar mudanças ocorridas na exposição de Comportamentos de Riscos Concorrência à Saúde (CRCS) (tabagismo, consumo de álcool, baixos consumos de frutas e inatividade física) e seus fatores associados em adolescentes do ensino médio do estado de Sergipe, Nordeste do Brasil 2011-2016. Método: Trata-se de estudos epidemiológicos com delineamentos transversais com amostra representativa de estudantes do ensino médio da Rede Pública Estadual de Sergipe. A amostra foi composta por 7145 adolescentes (2011= 3528; 2016= 3617), com idade de 14 a 19 anos. Os dados foram coletados mediante questionário auto administrado, proposto pela OMS (Global Student Health Survey. GSHS/OMS). Recorreu-se a regressão de Cox bruta e ajustada, com variância robusta, para verificar o risco de exposição de 3 ou mais CRS. Foram analisados aspectos demográficos e socioeconômicos. As variáveis com o valor p< 0,20 foram incluídas no modelo ajustado, assim como, foi considerado o valor p = 0,05 para todo o procedimento estatístico. Resultados: Os resultados revelaram exposição aos CRCS (O/E>1), com maior incidência em 2016, particularmente o álcool, consumo de cigarro e inatividade física entre as moças. Para o sexo masculino o consumo de álcool e baixo consumo de frutas foram concorrentes nas duas investigações (2011-2016). A análise multivariada mostrou que os adolescentes estudantes do turno diurno (RP: 1,39; IC 95% 1,19 – 1,63) e com renda familiar de até 1 salário mínimo (RP: 1,25; IC 95% 1,00 – 1,55), apresentaram maior risco à exposição de 3 ou mais CRS com o passar dos anos. Conclusão: Os achados deste estudo podem ter implicações relevantes para novas políticas públicas, incluindo as prevalências dos comportamentos de riscos concorrentes à saúde em novos monitoramentos de saúde.