Comportamentos de Risco Para os Transtornos Alimentares em Jovens Atletas de Voleibol: o Estilo de Liderança do Treinador é Um Fator Interveniente?
Por Leonardo de Sousa Fortes (Autor), Gustavo César de Vasconcelos (Autor), Delton Manoel dos Santos Silva (Autor), Geraldo José dos Santos Oliveira (Autor), Maria Elisa Caputo Ferreira (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 1, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
O objetivo da investigação foi analisar a influência do estilo de liderança do treinador sobre os comportamentos de risco para os transtornos alimentares (CRTA) em atletas de voleibol do sexo feminino. Trata-se de uma investigação com delineamento prospectivo (follow-up de 3 meses) desenvolvida com 73 atletas participantes do campeonato Pernambucano da categoria sub-17. Para avaliar os CRTA foi aplicado o Eating Attitudes Test. A fim de se avaliar a percepção do estilo de liderança do treinador, foram utilizadas as subescalas da versão percepção-atleta da Escala de Liderança no Desporto. Foram aferidas as dobras cutâneas triciptal e subescapular para a estimativa do percentual de gordura corporal. Os achados não revelaram influência da subescala “Treino-Instrução” sobre os CRTA (F(3, 70)=45,02; R²=0,12; p=0,34). A subescala “Suporte Social” demonstrou influência estatisticamente significante nos CRTA (F(4, 69)=59,77; R²=-0,16; p=0,02). Todavia, os resultados não indicaram relação estatisticamente significante da subescala “Reforço” com os CRTA (F(5, 68)=52,40; R²=0,13; p=0,17). Do mesmo modo, a subescala “Democrático” também não demonstrou influência sobre os CRTA (F(6, 67)=49,08; R²=0,10; p=0,21). Por fim, a subescala “Autrocrático” apontou influência sobre os CRTA (F(7, 66)=67,23; R²=0,18; p=0,01). Concluiu-se que o estilo de liderança do treinador (suporte social e autocrático) influenciou na adoção de CRTA em jovens atletas de voleibol do sexo feminino.