Comunicação sobre atividades físicas na rede: uma análise sobre a influência dos eventos esportivos
Por Gabriela Baranowski Pinto (Autor), Daniel Victor Lopes de Carvalho (Organizador).
Resumo
Nas últimas duas décadas, principalmente após a implementação do relatório OGI (Olympic Games Impact) pelo Comitê Olímpico Internacional, estudos foram produzidos com intenção de analisar a relação entre a realização de megaeventos esportivos e o efeito ou a taxa de participação esportiva nas cidades que sediaram esse tipo de evento (Teare & Taks, 2021). Poucos estudos observaram evidências conclusivas desse suposto legado, também conhecido como Trickle Down Effect, o que pode ter se dado por diversos fatores, entre eles, os diversificados métodos utilizados pelos investigadores para coleta de dados amostrais nas pesquisas (Annear et al., 2022). Além disso, estudos que demonstraram este legado focalizaram nos Jogos Olímpicos de Verão, de Sydney 2000 (Veal et al., 2012) e Londres 2012 (Kokolakakis et al., 2019), e também nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010 (Potwarka & Leatherdale, 2016). Estes aspectos demonstram que existe uma lacuna de conhecimento no que diz respeito à confirmação da influência dos eventos esportivos na participação esportiva das pessoas (Kokolakakis et al., 2019). Além disso, nenhum estudo de grande impacto analisou esta temática em relação aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 (Annear et al., 2022). Levando em consideração a ausência de registros formais relacionados ao nível de participação em atividades físicas no Brasil, que poderiam subsidiar a análise desse suposto legado, as redes sociais vêm se tornando uma promissora fonte de dados para pesquisas. Este é o caso do Twitter, agora denominado “X”, que permite aos usuários se manifestarem, de forma espontânea, através de postagens denominadas tweets, sobre diversos assuntos, que incluem até mesmo sua relação com a atividade física.