Resumo

Introdução: A elaboração de um sistema de avaliação tático-técnico para o goalball pode ser uma ferramenta eficaz para treinadores acompanharem o desempenho dos jogadores. Assim, uma análise descritiva sobre os critérios de avaliação adotados, as problemáticas emergentes e as soluções geradas torna-se necessário. Objetivo: Elaborar, aplicar e refletir a concepção de um sistema de avaliação do desempenho tático-técnico no goalball (Escal-Go). Metodologia: Foram observados quatro jogos (dois dos Jogos Paralímpicos de 2016 e dois de 2012). A Escal-Go foi composta por quatro momentos: transição ofensiva TO; arremesso A; transição defensiva TD; defesa D. Para A e D, foi desenvolvido uma escala de 1 a 5 para avaliação da qualidade das ações: 1) inadequada; 2) ruim; 3) regular; 4) boa; 5) ótima. Para TO e TD, a escala foi baseada na duração e composição. Resultados: Primeiramente, foi elaborado um esboço dos critérios da Escal-Go. Entretanto, problemas como a necessidade de divisão das transições em TO e TD e análise dos jogadores de forma individual surgiram após as observações dos jogos. Os problemas foram solucionados em decisão unânime com um perito na modalidade. Assim, elaborou-se outros critérios qualitativos de análise da Escal-Go. Na TO e TD emergiram cinco níveis de transições: rápidas e de contra-ataque; sem pausas no cronômetro com interações rápidas; sem pausas no cronômetro em posição de expectativa; com pausas no cronômetro (e.g. após gols); com pausas no cronômetro após intervenções oficiais (e.g. intervenções oficiais). Em relação ao A, verificou-se as categorias: 1) com penalidades; 2) com infrações; 3) sem penalidade e infração; 4) nas extremidades corporais do defensor; 5) gol. Finalmente, para D: 1) gol; 2) com infração; 3) sem infração; 4) com extremidades corporais; 5) com região central corpo. Conclusões: A Escal-Go é uma ferramenta inovadora para análise de desempenho no goalball, embora necessite de mais ajustes estruturais.

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