Concepções do Brincar de Profissionais Que Atuam com Crianças na Idade Escolar em Processo de Tratamento do Câncer
Por Desire Macaya (Autor), Graciele Massoli Rodrigues (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O estudo teve por objetivo identificar e analisar a concepção do brincar de
p r o f i s s i o n a i s q u e a t u a m c o m c r i a n ç a s c o m c â n c e r e m p r o c e s s o
q u imiot e r ápi co e a s impl i c a çõe s da u t i l i z a ç ão do e spa ço l údi co no
tratamento da criança. Realizamos uma pesquisa com quatro profissionais
que atuam diretamente com crianças em um hospital especializado no
tratamento de câncer (médico, enfermeiro, voluntário e professor de
educação física), os quais responderam a um questionário com perguntas
abertas. A análise dos resultados foi realizada a partir da análise de discurso
que apontou que os profissionais reconhecem a importância do brincar
c o m o m e i o c o l ab o ra d o r d o t rat ame n t o, p o r é m n ã o ex p l o ra m a s
possibilidades inerentes ao ato de brincar porque não há espaço. O brincar
é concebido como ação secundária na vida da criança e a motivação para o
tratamento foi relacionada com a diminuição do tempo de recuperação do
processo quimioterápico quando a criança brinca. Verificamos que a
realidade do ser criança em situação de doença nem sempre é valorizada
pois os aspectos emocionais e lúdicos que dimensionam a relação da criança
e o ato de brincar são desvalorizados. Assim, abstraímos que a criança em
tratamento perpassa por uma supressão da sua identidade infantil o que
pode fraguimentar sua relação com o mundo e interferir diretamente no
estados psicoemocionais que já estão abalados com a doença