Conhecimento de Professores de Educação Física Sobre Fatores de Risco Para Doenças Crônicas de Uma Cidade do Sul do Brasil.
Por Airton José Rombaldi (Autor), Thiago Terra Borges (Autor), Lúcio Kerber Canabarro (Autor), Marilda Borges Neutzling (Autor), Leandro Quadro Corrêa (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 14, n 1, 2012. Da página 61 a -
Resumo
A melhora da qualidade de vida de uma população pode estar relacionada com o aumento do conhecimento sobre os fatores de risco que conduzem a doenças crônicas. Desta forma o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento dos professores de Educação Física sobre as associações entre quatro fatores comportamentais (sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e alimentação inadequada) e oito morbidades (diabetes, hipertensão arterial, AIDS, osteoporose, câncer de pulmão, depressão, cirrose hepática e infarto agudo do miocárdio). Foi realizado um estudo observacional, de caráter transversal e cunho censitário, incluindo 188 professores de ambos os sexos, das redes de ensino básico pública e privada da cidade de Pelotas/RS. Para cada fator comportamental, foi gerado um escore de conhecimento, que variava de zero a oito pontos. A maior média deste escore ocorreu para o conhecimento sobre sedentarismo (6,4), seguido por alimentação inadequada (5,9), tabagismo (5,3) e consumo excessivo de álcool (4,5). Podemos concluir que os maiores escores de conhecimento estiveram relacionados com faixas etárias mais baixas, com o local e a jornada de trabalho. Políticas públicas voltadas à saúde e educação são indispensáveis e urgentes para requalificar os docentes e prepará--los para a tarefa de ensinar.