Resumo

A cidade cresce. Os terrenos baldios vão ficando cada vez mais escassos, o perímetro urbano vai-se limitando à construção de edifícios, arranha-céus, o trânsito começa a congestionar-se... criam-se problemas... Cotidiano real que impõe (re)significar a vida. A formação em Educação Física, como processo que transcende a mera repetição de práticas fragmentadas e construída ancorada na interdisciplinaridade, é um dos possíveis canais de contribuições, quando visa estimular o ensino baseado em pesquisa e consolidado através da extensão. Neste contexto, a práxis no lazer, magia mobilizadora e propulsora de penetração na vida cotidiana têm uma das principais marcas desenhadas na historicidade humana e apontam pistas, estabelecendo diálogos num prisma de abordagens com múltiplos olhares, na indicação de pressupostos crítico-superadores. Partindo desse pressuposto, alunos e alunas da Recreação- UFPE-2004.1 sistematizaram este trabalho como resultante do processo de inter-relação ensino, pesquisa, extensão, vivido pelo conjunto de alunos, alunas e professora da Disciplina de Recreação 1 do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco. O processo, ainda, em andamento, visa a melhoria da qualidade do ensino na formação do profissional da área e partiu da seguinte problemática: historicamente, a recreação/lazer vem se configurando num campo e domínio de sistematização e socialização do conhecimento voltado aos interesses da cidadania e da emancipação humana e social, nestas perspectivas qual a função da Disciplina de Recreação no interior do Curso Superior, responsável pela Formação do Profissional em Educação Física? Diante desse objetivo, temos como objetivo expor e submeter à crítica as experiências construídas e vivenciadas, apoiando-se em bases científico-metodológicas para (re)leitura (re)valorização do cotidiano com base nos estudos do lazer que qualificam a práxis social. Ao socializar o conhecimento produzido e sistematizado em experiências acadêmicas, na sala de aula e para além desta, foi possível analisar possibilidades e limites que a disciplina provocou na formação, para subsidiar a teoria proposta e o (re)significar da práxis no lazer, como possibilidade de (re)encantar a educação para a vida dotada de caráter lúdico e rico, experimentadas em espaços variados, que se torna mais prazerosa e rica em informações.

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