Resumo

INTRODUÇÃO: O perfil antropométrico e o consumo alimentar exercem grande influência no desempenho esportivo; entretanto, essas informações sobre tenistas brasileiros ainda são escassas. OBJETIVO: Descrever e comparar o consumo alimentar e o perfil antropométrico de tenistas amadores (AM) e profissionais (PRO). MÉTODOS: Foram avaliados 24 tenistas, com a seguinte distribuição: profissionais (PRO; n = 9) e amadores (AM; n = 15). Os atletas foram avaliados quanto a variáveis antropométricas (peso, estatura, circunferências e dobras cutâneas) e a composição corporal foi estimada por três diferentes protocolos. As dietas foram avaliadas a partir de três diários alimentares. RESULTADOS: Não houve diferença significativa no perfil antropométrico dos atletas PRO em relação aos AM (peso: 69,5 ± 9,8kg e 66,0 ± 5,0kg; estatura: 177,9 ± 4,3cm e 175,6 ± 2,7cm, IMC: 23,5 ± 1,4kg/m2 e 22,6 ± 0,8kg/m2 e gordura corporal: 13,0 ± 5,5% e 13,7 ± 2,4%, respectivamente). Observou-se significativo déficit energético entre a estimativa da necessidade energética e a ingestão energética relatada. O consumo de carboidratos apresentou-se no limite mínimo sugerido (AM: 6,3 ± 0,5g/kg/dia e PRO: 6,5 ± 0,7g/kg/dia), enquanto a ingestão de proteínas mostrou-se superior às recomendações disponíveis na literatura (AM: 2,4 ± 0,2g/kg/dia e PRO: 2,3 ± 0,3g/kg/dia). Com relação aos minerais, a principal preocupação foi a baixa ingestão de cálcio (AM: 798,1 ± 786,3mg/dia e PRO: 766,9 ± 602,4mg/dia). CONCLUSÃO: Não foram observadas diferenças significativas no perfil antropométrico e no consumo alimentar entre os atletas AM e PRO. Os desvios observados no consumo alimentar reforçam a necessidade de orientação/planejamento nutricional, a fim de atender às demandas específicas da modalidade, visando maximizar o desempenho.

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