Resumo

: Na adolescência é comum o alto consumo de alimentos ultraprocessados. Estes, apresentam elevado teor calórico, são ricos em carboidratos simples, gorduras saturadas e sódio. Por isso, contribuem para o excesso de peso e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. OBJETIVO: Investigar os efeitos de um programa de intervenção interdisciplinar em adolescentes obesos no consumo de alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados. MÉTODOS: O estudo foi realizado com adolescentes obesos de ambos os sexos, com idade entre 15 a 17 anos. O programa teve 12 semanas de duração, sendo composto por intervenções de fisioterapeutas (3 x semanais, com exercícios para o fortalecimento do core), profissionais de Educação Física (3 x semanais, na academia ou peso corporal e acessórios, dependendo da alocação do grupo), psicólogos (1 x semanal, com a terapia cognitivo-comportamental) e nutricionistas (2 x semanais, com foco na reeducação alimentar, para isso foram realizadas palestras e práticas na cozinha). Nos períodos pré e pós-intervenções, foram aplicados registros alimentares de três dias não consecutivos, sendo um dia de fim de semana. Os alimentos foram classificados em in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados conforme o Guia Alimentar para a população brasileira, 2014. Os valores médios de consumo em gramas dos grupos de classificações dos alimentos foram comparados entre si para verificar possíveis alterações no consumo alimentar ao longo das intervenções. RESULTADOS: Foram acompanhados 16 adolescentes. Verificou-se aumento do consumo de alimentos in natura de 147,22 gramas ± 115,57 para 154,28 gramas ± 157,67 (p = 0,81) após as intervenções. Observou-se redução do consumo de alimentos minimamente processados de 606,94 gramas ± 220,65 para 568,9 gramas ± 192,52 (p = 0,64) após as intervenções. Verificou-se redução da ingestão de alimentos processados de 76,16 gramas ± 54,38 para 30,05 gramas ± 17,55 (p < 0,05) após intervenções e verificou-se também diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados de 449,59 gramas ± 313,04 para 315,76 gramas ± 137,31 (p = 0,12) após as intervenções. CONCLUSÃO: As intervenções nutricionais foram favoráveis, visto que os adolescentes passaram a consumir mais alimentos in natura e restring

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