Resumo

A oralidade permitiu, desde de antigas culturas tradicionais, a troca de informações e conhecimentos, o estabelecimento de relações afetivas, a formação de identidades e a manutenção ou transformação de práticas, costumes e hábitos de grupos, comunidades, povos. Dentre as possibilidades da tradição oral uma delas é a contação de histórias, a qual ao longo do tempo e contextos socioeconômicos, tem diferentes contornos e propósitos: na educação, no teatro, na literatura, no dia a dia das pessoas. Com tais considerações preliminares esse minicurso tem como proposta vivenciar-refletir a contação de histórias com crianças no contexto hospitalar, enquanto práxis pautada em uma perspectiva lúdica e freireana, que pode favorecer a criança experiência de novas sensações, percepções, fantasias, aventuras, divertimento, transcendência. O “era uma vez” e o “faz de conta” oferecem distanciamento das condições invasivas que a hospitalização impõe as crianças, podendo contribuir para a construção do conhecimento de si mesmas, da realidade em que se encontram e da superação de condições adversas de saúde. Todavia, como podemos propor esta práxis sem perder de vista a compreensão do delicado momento das crianças em tratamento de saúde no contexto hospitalar? Para tal convidamos os/as interessados/as em participar desse minicurso para juntos/as e dialogicamente construirmos esse conhecimento.

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