Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho do controle postural e a obtenção de informação somatosensorial de idosos diabéticos praticantes e não praticantes de atividade física. Participaram deste estudo dez idosos diabéticos ativos (62±4,4 anos) (GDA), dez diabéticos sedentários (65,5±7,4 anos) (GDS) e dez idosos sadios ativos (63,2±4,5anos) (GCA), que realizaram avaliação de sensibilidade cutânea e detecção de movimento passivo, nas articulações do tornozelo e joelho, e de manutenção da postura nas posturas bipedal e tandem stance. Os resultados indicaram pior desempenho do GDS na detecção do movimento passivo e do controle postural, nas condições de maior exigência das tarefas. Especificamente, o GDS apresentou maior amplitude média de oscilação, na direção médio-lateral, durante manutenção da postura ereta na posição tandem stance. No teste de sensibilidade ao movimento passivo, o GDS precisou de um maior deslocamento angular para perceber o movimento das articulações do joelho e tornozelo. Nenhuma diferença foi observada entre os GDA e GCA. Estes resultados indicam que as alterações decorrentes do diabetes deterioram a capacidade de obtenção de informação sensorial e funcionamento do sistema de controle postural. Entretanto, essas alterações podem ser minimizadas com a prática regular de atividade física, fazendo com que pacientes diabéticos ativos apresentem o mesmo desempenho que idosos ativos não diabéticos.

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