Coordenação do Nado Borboleta: Estudo Piloto Sobre os Efeitos da Velocidade de Nado e das Ações Inspiratórias
Por Ricardo Peterson Silveira (Autor), Felipe Collares More (Autor), Flávio Antônio de Souza Castro (Autor), Carlos Bolli Mota (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciências do Esporte v. 34, n 2, 2012. Da página 405 a 419
Resumo
A proposta deste estudo piloto foi verificar os efeitos da velocidade de nado e dos ciclos inspiratórios sobre os parâmetros coordenativos do nado borboleta. Participaram quatro nadadores de nível regional, com desempenho médio de 69 ± 3,6% do recorde mundial na prova de 100 m borboleta em piscina de 25 m. Em resposta ao incremento da velocidade de nado, entre os principais resultados, destaca-se: redução da duração absoluta dos ciclos (de 2,01 ± 0,43 s para 1,07 ± 0,09 s, entre velocidade relativa aos 200 m e velocidade máxima em 25 m, com inspiração frontal e similar comportamento para ciclos não inspiratórios); marcado aumento na duração das fases propulsivas da braçada, expressas em % da duração média de quatro ciclos de braçada (fase B de 14,6 ± 3,2% para 22,8 ± 4,7% e fase C de 12,9 ± 1,0 para 19,1 ± 0,9% com inspiração frontal e similar comportamento para ciclos não inspiratórios), bem como maior sincronismo entre as ações da braçada e da pernada.