Corpo, movimento e beleza: elementos estéticos na ginástica rítmica
Por Patrícia Luiza Bremer Boaventura (Autor), Alexandre Fernandez Vaz (Autor).
Parte de (Des)encontro de gêneros na ginástica: corpo, educação, formação profissional e esporte . páginas 207 - 253
Resumo
A ginástica rítmica (GR) é um esporte que alia a arte do movimento expressivo do corpo com o manejo de aparelhos portáteis (corda, bola, arco, maças e fitas)28 e a interpretação de uma música, supondo-se formar uma síntese harmoniosa de elementos corporais técnicos e estéticos (BOAVENTURA, Patrícia, 2016). É reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), entidade que representa as ginásticas em âmbito mundial, como uma modalidade olímpica feminina, apesar de haver versões masculinas com regras específicas e praticadas em diversas localidades ao redor do mundo29, inclusive no Brasil (BOAVENTURA, VAZ, Alexandre, 2020; COELHO, Johanna, 2016). Nesse esporte, “a ginasta precisa reunir a ‘tríplice simbologia’: corpo, aparelho e música, envolvendo tanto o gesto técnico quanto todo um plano estético e plástico em sua apresentação” (BOAVENTURA, 2016, p. 185, grifo da autora). Para a autora, nessa relação entre técnica e estética, uma boa performance depende de preparação física, técnica e tática, esta última com um papel fundamental por trabalhar com elementos ajustáveis: a fabricação do collant (maiô), penteado, maquiagem, a escolha dos movimentos, gestos técnicos e música, levando-se em conta as qualidades individuais das ginastas e as condições das equipes adversárias (SANTOS; Eliana, LOURENÇO; Márcia, GAIO, Roberta, 2010; LOURENÇO, Márcia, 2015).