Resumo

Focalizando a temática de gênero, corpo, esporte e mulheres, busquei apoio teórico nos Estudos Gênero, Culturais e do Corpo para responder as seguintes questões: Que corpos emergem no fisiculturismo? Que feminilidades constituem e são constituídas nesse esporte? Que enunciados emergem desse campo esportivo? Como se posicionam as atletas acerca dessas questões? Movida por essas indagações analisei a construção dos corpos e as representações de feminilidades que são produzidas e produzem o fisiculturismo, enunciadas no discurso esportivo e nas narrativas das atletas. As informações foram colhidas em livros, revistas, jornais e sites. Também, entrevistei uma atleta e assisti campeonatos. As análises apontam que o esporte exige a construção de distintas arquiteturas corporais, consoante às modalidades disputadas e as feminilidades produzidas no fisiculturismo são plurais, borrando as representações que fixavam um modo normalizado e universalizado de produzi-las. As atletas assumem e reafirmam que certo volume muscular não esfumaça as suas feminilidades e, muitas delas, investem na produção de uma toalete requintada para as disputas nos campeonatos, indicando que ainda buscam suavizar aquilo que o volume muscular insiste inquietar.

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