Correlação entre caminhada, parâmetros antropométricos e fadiga em pacientes dialíticos de uma cidade do interior de Rondônia
Por Aylton Figueira Junior (Autor), Katia Bilhar Scapini (Autor), Rosieli Alves Chiaratto (Autor), Leonardo Emmanuel de Medeiros Lima (Autor), Sueli da Silva Godinho (Autor), Lindeglaciene Fernandes da Silva Vieira (Autor), Evellyn Ketlen dos Santos Soares (Autor), Amanda Giordani Trassi (Autor), Yuri de Lucas Xavier Martins (Autor).
Resumo
Introdução: Em decorrência do grau de complicação da Doença Renal Crônica (DRC), existe a orientação para início do processo de hemodiálise. Embora existam evidências suficientes sobre os benefícios da atividade física em pacientes dialíticos, sabe-se da existência de barreiras de adesão, como: fragilidade, fadiga, presença de comorbidades e baixa motivação. Objetivo: analisar as possíveis correlações do tempo de caminhada semanal, fadiga e parâmetros antropométricos entre si na população dialítica, bem como avaliar parâmetros de riscos e protetivos destes. Métodos: A amostra foi composta por 45 pacientes de ambos os sexos com faixa etária entre 26 e 78 anos e com mais de três meses de diálise. O tempo de caminhada foi aferido pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ-versão curta). A fadiga foi mensurada por meio da Escala de Humor de Brunel (BRUMS). A massa corporal e a estatura foram mensuradas pela balança e estadiômetro Welmy (W-110H), as perimetrias de cintura, quadril, panturrilha e abdômen com a trena antropométrica Sanny, de forma a calcular a relação cintura-quadril (RCQ), relação cintura-estatura (RCE) e índice de massa corporal (IMC). Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para normalidade dos dados e Correlação de Spearman. O nível de significância foi de p ≤ 0,05. Resultados: a amostra foi composta majoritariamente por homens (31), com faixa etária média de 47,55 (± 13,9) anos de idade. A maioria dos voluntários apresentou fatores de riscos cardiovasculares por meio dos índices de perimetria de abdômen (52,27%), RCQ (55,5%) e RCE (64,4%) e apresentou perimetria de panturrilha (46,66%) abaixo dos valores de referência. O IMC apresentou uma prevalência de sobrepeso e obesidade em 44,44% dos voluntários, apenas um se classificou abaixo de 20 kg/m2. O tempo de caminhada apresentou mediana de 60 minutos (semanais) e o escore de fadiga foi de 2. Houve correlação significante, fraca e negativa do tempo de caminhada com o escore de fadiga (r: -0,296 e p: 0,049), sendo que estes não apresentaram correlações significantes com os parâmetros antropométricos. Conclusão: O tempo de caminhada pode ser comprometido com a fadiga na população estudada e grande parte da amostra apresentou riscos referente aos parâmetros antropométricos.