Crianças de seis a 10 anos com excesso de peso apresentam baixo consumo alimentar de frutas e hortaliças
Por Fátima Raimunda dos Santos (Autor), Izabelle Silva de Araujo (Autor), Wilkslam Alves de Araújo (Autor).
Em VII Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Nos últimos anos, o estímulo para o aumento do consumo de frutas e hortaliças tornou-se uma prioridade de saúde pública, pois, atuam na promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade. OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar de frutas e hortaliças em crianças com excesso de peso. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa. Foi realizado com 21 crianças acima do peso, com faixa etária de seis a 10 anos, matriculados na rede municipal de ensino, da zona urbana, da cidade de Petrolina - PE. As coletas de dados ocorreram no período de fevereiro a junho de 2016. Foram avaliadas medidas antropométricas e estado nutricional, como também, foram empregados inquéritos alimentares (Recordatório de 24 h e registros alimentares), para estimar o consumo dietético. As estimativas das quantidades de nutrientes ingeridos foram feitas em software específico Dietwin® . O consumo alimentar foi investigado usando-se análise univariada apresentado em percentual e respectivo intervalo de confiança (IC 95%), por meio do programa SPSS 22.0. RESULTADOS: A amostra apresentou predominância do sexo feminino 65% (8,6 ± 0,85 anos), sendo que 70% (n = 14) apresentaram obesidade. Observou-se que 50% (IC: 1,2 - 1,6) das crianças não consomem hortaliças diariamente, assim como, 40% (IC: 1,3 - 2,0) delas também não consumiram frutas. O percentual das que consumiram frutas e hortaliças diariamente foi de 50% (IC: 1,3 - 2,0) e 25% (IC: 1,3 - 2,3), respectivamente, na frequência de uma a três vezes na semana. CONCLUSÃO: O consumo alimentar das crianças em idade escolar com excesso de peso apresentou baixa ingestão de frutas e hortaliças, isso, devido a hábitos alimentares inadequados e a indisponibilidade desses alimentos no domicílio. Perante o exposto, ressaltase a necessidade de estimular práticas educativas e criar estratégias para adquirir uma alimentação saudável de baixo custo, com ênfase na sensibilização da importância da qualidade alimentar