Resumo

A sociedade atual, globalizada e multicultural tem imposto à escola uma educação focada na uniformização dos modos de ser da cultura hegemônica, que é neoliberal. É no campo da resistência a essa imposição que se encontra o Currículo Cultural da Educação Física. Pautado nas teorias pós-críticas de currículo, visa para além da luta por uma sociedade justa, potencializar outras formas de vida na qual a diferença é afirmada como condição de existência. Não à toa, ocorre o aumento da sua produção e a sua inserção em editais de concurso para seleção de docentes e em referências bibliográficas dos cursos de formação inicial e continuada. Nesse quadro, cresce a importância das pesquisas que tratam das suas formas de organização e efeitos. Observa-se nas pesquisas produzidas a ausência de estudos acerca de vários de seus encaminhamentos didático-metodológicos, dentre os quais o da ressignificação. O presente relatório apresenta as ferramentas conceituais e metodológicas que permitirão analisar o modo como a ressignificação acontece na prática pedagógica, a seguir: a representação por Stuat Haal; a governamentalidade e contraconduta de Michel Foucaul. Para tanto, realizamos uma densa revisão bibliográfica a fim de confrontar os dados empíricos produzidos por meio de uma autoetnografia da prática docente, apoiada na figura do flanêur, com a teorização que dá suporte ao Currículo Cultural.

Acessar